30 nov 21

Indicadores econômicos: o que são e porque o gestor precisa acompanhar

Pessoas que acompanham o noticiário de Economia ou profissionais do setor estão acostumados com ferramentas como os indicadores econômicos. Contudo, não são todos que se preocupam com as oscilações financeiras locais ou globais e que entendem o que esses indicadores representam de fato para as finanças de um indivíduo ou uma empresa.

O que são indicadores econômicos?

Indicadores Econômicos são demonstrações numéricas que nivelam aspectos econômicos de países, regiões e empresas. Por meio de levantamentos estatísticos, indicam a situação de determinada área, em um prazo ou tempo estimados. Eles funcionam como “termômetros”, e determinam se um país ou uma região está se expandindo ou se contraindo economicamente.

Esses indicadores são calculados com frequência – geralmente, a periodicidade é mensal, tanto pela iniciativa privada como por agências governamentais. Cada um dos índices econômicos existentes é gerado de maneira distinta, trazendo informações acerca de situações diversas. Eles podem ser utilizados para comparar, por exemplo, regiões diferentes sob uma mesma perspectiva.

No âmbito nacional, por exemplo, um dos índices mais utilizados é o PIB (Produto Interno Bruto) per capita, que representa o nível de renda por pessoa em determinada região. O resultado desse índice para dois diferentes países pode ser utilizado para comparar a situação econômica dos mesmos. Assim, supondo que temos os principais índices da economia brasileira, seria possível analisá-los e traçar a situação econômica do Brasil com relação a outros países do mundo.

Importância dos indicadores

É difícil encontrar quem compreenda a importância de acompanhar os índices econômicos e como eles afetam o dia a dia de toda sociedade. No entanto, entender o que esses indicadores demonstram possibilita analisar a situação atual do mercado e da economia no país e no mundo.

Um gestor de uma empresa voltada ao agronegócio, por exemplo, não pode deixar de acompanhar as oscilações do dólar e das cotações dos produtos agropecuários no mercado futuro. Sem essas informações, ele não saberá se o ideal é manter o produto no mercado interno ou se deve exportá-lo, ele tampouco terá uma tomada de decisão assertiva, baseada em dados, do que deve ser produzido na próxima colheita.

Os indicadores estão divididos em diferentes mercados, que são:

  • bens e serviços: trata da produção agregada nacional e seus preços;
  • trabalho: níveis de emprego, salários e oferta de mão de obra;
  • monetário: controlado pelo Banco Central e composto por oferta e demanda da moeda, taxa de juros e estoque de crédito;
  • títulos: comparação entre gastos e rendas, classificação e análise de agentes econômicos deficitários e superavitários;
  • divisas: compostas pela balança comercial, mede a relação entre produtos importados e exportados

Quais são os principais indicadores econômicos?

Se você é um gestor e pretende ter sucesso com seus investimentos, torna-se essencial conhecer e acompanhar os principais indicadores econômicos, pois suas variações produzem impactos significativos em seu capital.

Entre eles, além do PIB já mencionado neste post, os mais conhecidos são: o IPCA, a taxa SELIC, o IGP-M, o INPC, o PIM-PF e as taxas de Desemprego e Informalidade. Abaixo, um breve resumo a respeito de cada um:

-IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo): calculado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mede a inflação no país. Sendo assim, é essencial para investidores de Renda Fixa – o movimento da inflação recai no comportamento do BC e na rentabilidade de títulos;

-Taxa SELIC: é a taxa básica de juros da nossa economia, determinada pelo Banco Central. É parâmetro de remuneração e serve como base para outras taxas, como o CDI. Também regula a atividade econômica nacional. Quanto menor a Selic, mais barato o crédito e maior o consumo no país;

-IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado): desenvolvido pela FGV, monitora os preços de itens como bens de consumo, produção e serviços. É divulgado sempre no fim do mês e utilizado como fator de correção para contratos de aluguel e pelo mercado financeiro;

-INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor): indicador do IBGE que traz os preços do mercado. Não mede a inflação em si, mas acompanha o custo de vida de uma família com renda entre 1 e 5 salários mínimos. Com base nele, é possível projetar o consumo nos meses próximos e entender como isso afeta mercado e empresas;

-PIM-PF (Pesquisa Industrial Mensal-Produção Física): desenvolvida pelo IBGE, acompanha os índices mensais de produção da indústria nacional. É importante para entender o cenário da economia, pois o setor industrial corresponde a boa parcela do PIB, afeta os índices de empregabilidade e demonstra os setores que estão mais ativos;

-Desemprego e Informalidade: também divulgado pelo IBGE, mede a quantidade de pessoas que estão fora da força de trabalho do país. Também indica quantas pessoas desistiram de procurar emprego (desalentadas) ou trabalham de maneira informal. A porcentagem indica a capacidade atual da economia de absorver os trabalhadores. Seu resultado afeta quantidade de renda e consumo, gastos governamentais com benefícios, entre outros.

Por que um gestor deve conhecer melhor os Indicadores Econômicos?

Compreendendo para que servem os indicadores econômicos e como eles podem auxiliar em uma análise mais profunda da Economia, o investidor também passa a entender a situação econômica de um determinado local/país e, com isso, planejar estratégias e tomar boas decisões na hora de investir.

Como vimos, os indicadores são variados e é preciso estudar cada um deles para entender como a economia do país vem se comportando – assim, é possível ser mais assertivo com os investimentos. Além dos apresentados acima, é possível conhecer outros indicadores acessando o site do Banco Central do Brasil (link aqui: https://www.bcb.gov.br/estatisticas/indicadoresconsolidados).

Portanto, estudar, se atualizar e entender como funcionam o mercado e os indicadores é a melhor maneira de manter os planos financeiros de uma empresa “dentro do jogo”, alinhados com as tendências de sua época.

Para responder questões importantes e comuns como “qual é o momento certo de investir em crescimento de larga escala?”, “como me manter no topo?”, é necessário saber como, quando e em que exatamente investir.

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